Família de mulher morta durante ação da Guarda Municipal do Eusébio pede por justiça: 'Destruiu minha família'
19/01/2025
Vítima foi baleada na nuca dentro do carro, na frente do marido e dos filhos. Família pede justiça por morte de mulher no Eusébio
A família de Flávia Maria Ferreira Sampaio Barros, de 43 anos, que morreu vítima de bala perdida no bairro Pedras, em Fortaleza, durante uma troca de tiros entre guardas municipais do Eusébio e suspeitos, pede justiça e mais agilidade nas investigações do crime, que completou três meses neste sábado (18).
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"Toda vez que eu ligo para lá ou vou na delegacia em busca de informações, de atualizações, eles dizem que está em andamento. Não é que o inquérito esteja parado, a polícia diz que está em andamento e como envolve muita gente precisa de um tempo", disse Adriano Barros, marido de Flávia.
Três guardas municipais do Eusébio são investigados pelo disparo que matou a vítima na frente do marido e dos dois filhos, entre eles, uma criança de 2 anos de idade, que estava no colo na mãe quando ela foi atingida na nuca no carro da família.
Mãe morre ao lado do marido e filho vítima de bala perdida no Ceará.
TV Verdes Mares/Reprodução
"Já tem provas, têm imagens, foram feitos exames, já identificaram os três e eu quero saber por que até agora eles não foram punidos. E se fosse ao contrário, se fosse eu que tivesse matado um guarda municipal? Eu acredito que uma hora dessas já estaria preso”, falou o viúvo.
De acordo com Adriano, a morte trágica da mulher acabou desestruturando todos os membros da família, principalmente o filho caçula do casal.
"Meu filho passa o dia todo perguntando pela mãe e quando chega de noite chora. Mudou totalmente o comportamento, com saudade da mãe. Destruiu minha família", lamentou o marido da vítima.
A Polícia Civil informou que continua investigando o caso e mais infomações serão repassadas em outro momento, "para não atrapalhar os trabalhos policiais", que estão a cargo do Departamento de Homicídios.
Já a Secretaria de Segurança Pública do Eusébio, disse que um processo administrativo foi aberto para apurar os fatos, o inquérito segue em sigilo.
"Atualmente, os guardas estão trabalhando apenas em serviços adminstrativos e as armas recolhidas ainda não foram devolvidas", informou a Secretaria de Segurança do Eusébio.
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